quinta-feira, 23 de junho de 2011

Barcelona, 19/06

Por Teófilo.
Coloquei o despertador do celular pra 9h, acordamos as 10h20 com a senhora que limpa os quartos batendo na porta. Pulamos da cama para se arrumar e sair, já tínhamos perdido 1h20 dos dois poucos dias que teríamos pela frente.
Praça Catalunha, rambla, mediterrâneo, só apreciando a paisagem de um domingo ensolarado. Hipongas por todos os lados, mas nem me incomodava mais, uma coisa que chamou atenção nas Ramblas, tem muito daqueles caras que ficam com 3 potinhos mudando a bolinha de lá pra cá, se você acertar ganha 50eu, errou perde 50eu, muita gente apostando, gente perdendo e ganhado, e a vontade de apostar que eu fiquei primeiro resolvi fazer um teste para saber minhas habilidades oculares e o pior, todas que eu pensava que estaria eu acertava, minha mão ficou coçando, aposto ou não? 50eu é grana. Até que vi uma hora o cara que manuseia o pote deixou “sem querer” que vissem onde estava a bolinha, na mesma hora ele corrigiu, teve um esperto que apostou no ato “a da direita” quando ele levantou o pote não tinha nada lá. Nessa hora eu vi que esses caras não ficam agachados o dia inteiro no sol pra perder dinheiro. A casa sempre leva. Não apostei.
Descemos até o Port Vell (Porto Velho), que parece que com a reforma que deram nele pra olimpíadas ele não tem nada de velho, Novíssimo, tudo lindo, vidro espelhado, curvas, shopping, cinema IMAX e tudo mais. Passamos por ele e entramos na Barceloneta, um Bairro com Muitas Ruelas que só passa um carro, prédios de 5 andares e apartamentos com roupas penduradas na varanda, nada muito bonito de se ver.
Comentário da Nelly: Durante o passeio de Porto Vell, foi bem difícil segurar a emoção. Aquele mar esverdeado e o milhares de barcos a vela ancorados por lá, me fez pensar e lembrar muito de papai. Tenho ceretza que ele amaria aquele lugar. Simplesmente a cara dele. Calor, sol, mar, barcos, pessoas e frutos do mar. Tudo do que ele mais amava.
Logo atrás da barceloneta, a praia, a que beleza, céu azul, sol rachando, praia lotada. Várias chicas de topless, só que pra piorar, as poucas que eu vi foi a Nelly que me mostrou.
Fomos almoçar/café-da-manha na Beira da Praia, comi uma carne com purê de batata e a Nelly um atum com amêndoas acompanhado de arroz, não passou dos 40eu, saímos de lá e fomos caminhar a beira-mar, apreciando a paisagem, os prédios, tem uma torre gigantesca que depois descobri que é um hotel/cassino, caminhamos até a vila olímpica, um bairro lindo, daqueles que te faz pensar se o Brasil um dia chegará naquele ponto.
Voltamos pelo Parc de La Ciutadella apreciamos a fonte, andamos de barco numa lagoinha que tem lá, de acordo com a Nelly, Super-Romantico, é porque não era ela remendo com o sol de 15h da tarde na moleira, kkkk brincadeira, foi muito bom.
C.N: super romântico sim! Pelo menos ate a hora que Teo passou os remos pra mim...
Do Parque fomos ao museu do Chocolate, que para nossa surpresa estava fechado, de quem é a idéia de fechar um museu num domingo, o pior não fechou por motivo de força maior não, ele só funciona de segunda a sábado.
Mas tudo bem, seguimos para o museu do Picasso, eram 15h30 e no domingo depois das 15h é de graça, que sorte pensamos, viemos aqui sem nem saber dessa promoção é ainda vamos entrar de graça, até ver o tamanho da fila, sem brincadeira, tinha uns 250 a 300 metros de fila, tudo bem, fomos para o final, as vezes anda rápido, pensamos otimistas, cronometrei 5 min para ver o quanto andava, deu uns 10 passos, kkkkkk menos um museu, demos as costas e seguimos a flanar.
Passamos pela igreja Santa Maria Del Mar, uma igreja gótica do tempo da idade média, muito bonita, pegamos o metrô. Na estação estávamos lá comprando os bilhetes cheios de dúvidas se compra o de 10 viagens, se compra o individual quando um cara simplesmente vem e pula a catraca na maior.  Compramos o de 10 viagens que custa 7,50eu enquanto que o individual é 1,70 cada trecho. Acabou que depois de ainda perdi o ticket do metro com ainda 8 viagens nele.
Paramos na estação Sagrada Familia que dá pra igreja homônima, simplesmente incrível, gigante, arquitetura indescritível, 15eu pra entrar por cabeça, decidimos só apreciar de fora mesmo, demos a volta nela apreciando cada detalhe da mesma.
De lá caminhamos 1,6km para a Casa Milá ou La pedrera. No caminho aconteceu um fato engraçado. Estávamos caminhando pelos quarteirões quando passa um japinha, criança mesmo pedalando numa bicicleta rosa com o sorriso de orelha a orelha. Tudo bem, nada demais. Lá no final da rua aparece um Japa adulto procurando algo, eu falei pra Nelly, esse é o pai do Japinha, ela respondeu, até parece, paramos pra observar, o japa olha pra lá e pra cá, corre pro outro lado e de novo pro nosso lado, nessa altura ele já não tem mais o olho puxado, tá como olho parecendo o do cara da zorra total, ate que a Nelly o interpela, are you looking for a kid? Ele olha pra ela e pela cara deu pra ver que ele não sabia nada de inglês, aí foi no gesto mesmo, fez uma altura de uma criança com a mão e depois gesticulou como se tivesse pedalando, na hora ele fez que sim com a cabeça a gente explicou pra que lado o japinha tinha ido e ele saiu correndo com um saco de gelo na mão. Só ficamos imaginando a bronca que o muleque iria levar.
A casa milá é um espetáculo, 14eu pra entrar por cabeça, valeu a pena, você conhece o terraço, um museu do gaudí e um apartamento. Esse Gaudi é o cara, muito melhor que o Niemeyer, nossa isso que é arquiteto. Recomendo o passeio.
Descendo esta mesma avenida (passeig de garcia) vc dá de cara com a casa Batló, outra obra prima do Gaudi, além da Sagrada Familia.
De lá fomos ao hostel que estava perto, pegar um casaco porque estava começando a ventar gelado, foi aí que descobrimos que num quarteirão ao lado do Hostel a uns 150 metros, existe o teatro Rivoli, e quem estava se apresentando lá, o Voca People, tinha acabado de ter a apresentação deles , eles estavam tirando fotos com fãs do lado de fora, preço 25eu, de terça a domingo, uma pena que perdemos, no Brasil uma apresentação deles não sai por menos de R$ 200,00.
Pegamos o Casaco e fomos de Metro para a praça Espanya, lá simplesmente me deparei com o espetáculo mais bonito de toda a viagem até agora. O espetáculo das fontes iluminadas do palácio de Montjuic, simplesmente maravilhoso, começa as 21h30, as fontes ficam dançado de acordo com as musicas que tocam e se iluminando das cores mais variadas. É emocionante, subimos até o palácio, onde funciona um museu nacional de arte da Catalunha. Apreciamos a vista da cidade, descemos apreciamos mais um pouco a fonte iluminada.
C.N: A praça etsava lotada. Simplesmente cheinha de gente. Paramos numa banquinha, compramos uma baguete de queijo e coca cola. Sentamos no chão que era o único espacinho livre e ficamos apreciando a festa das águas. Subimos as escadarias do palácio, e por escadaria, entenda escadas rolantes, até o ponto mais alto. Admiramos um pouco mais a vista por lá e descemos de volta. Já no nível da fonte, comeca a tocar Barcelona, aquela cantada por Freddie Mercury e Montserrat Caballe. Bem... aí eu comecei minha fonte lacrimal a parte... lembrei exatamente do dia que papai comprou o CD (ou DVD) que tinha essa música. Ele a escutava repetidas e repetidas vezes admirado com o timbre da tenora, admirado com a voz do Freddie. Deixei as emoções tomarem de conta e fiquei durante toda a música fazendo minhas preces para que meu amado papai esteja bem. Meu Deus do céu, como essa cidade me fez sentir a falta dele.
De lá pegamos o metro e fomos jantar porto olímpico, um lugar cheio de restaurantes, boates, onde tem o cassino. Jantamos num lugar muito agradável, comemos uma tapa chamada patata brava, uma delícia, eu comi arroz com carneiro e peru e a Nelly comeu uma salada verde com salmão defumado, total de uns 40eu, de lá pegamos um taxi porque já era 01h da madrugada, deu 5eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário